Profilaxia pós-exposição (PEP) com materiais perfurocortantes

Profilaxia pós-exposição (PEP) com materiais perfurocortantes

De acordo com a Portaria nº 1.748/2011, os materiais perfurocortantes “são aqueles utilizados na assistência à saúde, que têm ponta ou gume, ou que possam perfurar ou cortar”, como por exemplo, agulhas e lâminas de bisturi. Um acidente com perfurocortante provoca uma exposição percutânea (ou seja, atravessa a pele), podendo expor o acidentado a um material biológico (como o sangue), que apresenta capacidade de carregar consigo vários tipos de patógenos. Os três mais envolvidos nesse tipo de acidente são HIV, hepatite B (HBV) e hepatite C (HCV).

No setor de saúde, acidentes provocados por materiais perfurocortantes é a maior causa da transmissão de doenças infecciosas, sendo os acidentes causados por agulhas os de maior risco. Mais de 50% de todos os casos registrados são relativos à equipe de enfermagem, seguidos por médicos e equipe de laboratório. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que dos 35 milhões de profissionais da saúde em todo o mundo, quase 3 milhões passam por exposições percutâneas a patógenos sanguíneos a cada ano. Dois milhões dessas exposições são ao Vírus da Hepatite B (HBV), 0,9 milhões ao Vírus da Hepatite C (HCV) e 170.000 ao Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Esses acidentes podem potencialmente resultar em 15.000 infecções por HCV, 70.000 por HBV e 1000 por HIV. Além disso, sabe-se ainda que as punções acidentais por agulha transmitem outros tipos de patógenos sanguíneos, incluindo vírus, bactérias, fungos e outros micro-organismos responsáveis por doenças como difteria, gonorreia, herpes, malária, sífilis, tuberculose, etc.

Além disso, o risco ocupacional após exposições a materiais biológicos é variável e depende do tipo de acidente e de outros fatores, como gravidade, tamanho da lesão, presença e volume de sangue envolvido, além das condições clínicas do paciente-fonte e uso correto da profilaxia pós-exposição. O risco de infecção por HIV pós-exposição ocupacional percutânea com sangue contaminado é de aproximadamente 0,3%, após exposição de mucosa, aproximadamente 0,09%. No caso de exposição ocupacional ao vírus da hepatite B (HBV), o risco de infecção varia de seis a 30%, podendo chegar até a 60%, dependendo do estado do paciente-fonte, entre outros fatores. Quanto ao vírus da hepatite C (HCV), o risco de transmissão ocupacional após um acidente percutâneo com paciente-fonte HCV positivo é de aproximadamente 1,8% (variando de 0 a 7%). Apesar de todos estes riscos, a falta de registro e notificação destes acidentes é um fato concreto. Alguns trabalhos demonstram aproximadamente 50% de sub-notificação das exposições de um conjunto estimado em aproximadamente 600 mil a 800 mil exposições ocupacionais, anualmente, nos Estados Unidos, por exemplo. Mais recentemente, esta estimativa foi reavaliada e se mostrou ser da ordem aproximada de 385 mil acidentes percutâneos por ano. No Brasil, de acordo com dados publicados em anais de congressos, o cenário dos acidentes ocupacionais envolvendo material biológico é semelhante aos observados em outros países, quando comparamos a incidência de acidentes e de subnotificação.

Após, devemos avaliar o acidente quanto ao potencial de transmissão de HIV, HBV e HCV. Isso é visto através do tipo de exposição, volume/tipo de material biológico, status sorológico da fonte (se possível) e status sorológico/susceptibilidade do exposto. A profilaxia dependerá do conjunto dessas informações, além do tempo transcorrido desde a exposição. Além disso, o acidente com perfurocortante já se enquadra como um tipo de exposição com potencial de transmissão. O volume/tipo de material biológico deve ser avaliado em cada caso. Se o material biológico não tiver risco potencial de transmissão dessas doenças, realizam-se apenas os cuidados locais da ferida. O tempo transcorrido após a exposição deve sempre ser perguntado, pois é um dos determinantes para início da profilaxia, sendo de até 72 horas para iniciar a profilaxia do HIV com antirretrovirais (ARV) e até 7 dias para da HBV (com vacina da Imunoglobulina Hiperimune contra Hepatite B (IGHAB) em caso de exposição percutânea). Para avaliação do status sorológico, é realizado teste rápido de HIV (detecta o anti-HIV), HCV (detecta o anti-HCV) e HBV (detecta o HBsAg) na pessoa exposta, além de verificar o status vacinal para HBV, necessitando da comprovação de imunidade através do anti HBs.

Se possível, a pessoa-fonte também deve realizar os mesmo testes rápidos, sem condicionar ou retardar o atendimento do acidentado à presença da fonte. Quanto à hepatite C, não há profilaxia. Deve-se realizar o acompanhamento, para que, caso venha a ocorrer o desenvolvimento da doença, seja feito um diagnóstico oportuno. O tratamento antiviral é muito eficaz e, quando realizado no início da doença, evita complicações mais graves.

Como devo conduzir um paciente que sofreu um acidente com material perfurocortante?
Quando ocorre um acidente com perfurocortante, a profilaxia pós-exposição (PEP) é a primeira coisa que pensamos, mas não podemos esquecer que a conduta imediata é o cuidado com a área exposta. Deve-se realizar uma lavagem exaustiva do local, com água e sabão, sendo o uso de soluções antissépticas degermantes uma opção adicional ao sabão. Não há evidência de que a expressão local reduza o risco de transmissão. Está contra-indicado procedimentos que aumentem a área exposta (como cortes e injeções locais) e o uso de soluções irritantes (como éter e hipoclorito de sódio).


A Centerlab possui em seu portfólio testes rápidos imunocromatográficos (HIV, HBV e HCV) que utilizam antígenos ou anticorpos como moléculas de captura e detecção com alta sensibilidade e especificidade. Muito práticos e rápidos, são realizados em uma única etapa, assegurando resultados mais precisos.

Ensaio imunocromatográfico para detecção qualitativa de anticorpos específicos de todos os isotipos (1, 2 e grupo O) do vírus HIV:
– Sensibilidade: 100% (166/166);
– Especificidade: 100% (715/715);
– Armazenamento: 2 a 30ºC;
– Amostra: soro, plasma e sangue total;
– Volume de Amostra: 20μL (Sangue total) e 10μL (Soro e plasma);
– Tempo do Teste: 10 minutos (não ler após 20 minutos);
– Validade: 24 meses.

Kit para determinação qualitativa do antígeno de superfície do vírus da hepatite B (HBsAg), por método imunocromatográfico, usando anticorpos mono e policlonais imobilizados na membrana para identificação seletiva de HBsAg em amostras de soro:
– Sensibilidade: 100%;
– Especificidade: 99%;
– Armazenamento: 2 a 30ºC;
– Amostra: soro;
– Volume de Amostra: 100μL (Soro);
– Tempo do Teste: 10 a 20 minutos (não ler após 20 minutos).

Ensaio imunocromatográfico para detecção qualitativa dos anticorpos IgG, IgM, IgA antivirus da Hepatite C
– Sensibilidade: 100%;
– Especificidade: 99,7%;
– Armazenamento: 2 a 30°C;
– Amostra: sangue total, soro ou plasma;
– Volume de Amostra: 20uL (sangue total) e 10uL de soro/plasma;
– Tempo do Teste: 5 minutos (não ler após 20 minutos);
– Validade: 24 meses.

Acessem nossas redes sociais:
     

REFERÊNCIAS:
– https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_expos_mat_biologicos.pdf Acesso em: 18/03/2024;
– https://www.medway.com.br/conteudos/acidente-com-material-perfurocortante-como-e-o-protocolo/ Acesso em: 18/03/2024;
– https://aps-repo.bvs.br/aps/quais-acoes-devem-ser-realizadas-apos-um-acidente-com-perfurocortantes/ Acesso em: 18/03/2024;
– https://goldanalisa.com.br/produtos/10/228/hiv/#. Acesso em: 18/03/2024;
– https://www.wamadiagnostica.com.br/bulas/imuno-rapido/hbsag-1.pdf. Acesso em: 18/03/2024;
– https://ecodiagnostica.com.br/diagnostico-rapido/hiv-4-line-eco-teste/.Acesso em: 18/03/2024;
– https://ecodiagnostica.com.br/diagnostico-rapido/hcv-ab-eco-teste/. Acesso em: 18/03/2024.

Conheça os exames de rotina mais comuns feito por mulheres

Conheça os exames de rotina mais comuns feito por mulheres

Quando se fala em exames de rotina, as mulheres são mais cuidadosas que os homens em relação à sua saúde. Entretanto, vivemos em um mundo onde a jornada de trabalho, a vida pessoal e familiar da mulher está cada vez mais intensa, fazendo com que elas negligenciem a sua saúde. A correria do dia a dia, pode impactar na realização de exames de rotina que são extremamente necessários para o bom funcionamento do nosso corpo.

Embora seja fundamental o acompanhamento da saúde da mulher com exames básicos, nem todas conseguem manter essa rotina de forma adequada. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) divulgada pelo Instituto de Geografia Estatística e publicada pela Agência Brasil, nas regiões Norte e Nordeste menos de 50% das mulheres, entre 50 a 69 anos, fizeram mamografia em um intervalo menor que dois anos. As entrevistas foram realizadas entre 6 de agosto de 2019 e 13 de março de 2020.

A prevenção é fundamental para auxiliar na identificação de doenças e distúrbios que ainda estão em fase inicial. Com um diagnóstico precoce, podemos realizar o tratamento adequado, aumentando muito as chances de cura em inúmeras doenças.

Seguindo essa linha de raciocínio, listamos abaixo os exames mais realizados por mulheres, afim de lembrá-las de que cuidar da saúde deve vir sempre em primeiro lugar.

Alguns exames mais comuns para mulheres:

  • Hemoglobina glicada: Avalia o controle do diabetes.
  • Hemograma completo: Avalia os glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas.
  • Perfil lipídico: Avalia os níveis de colesterol total, HDL, LDL e triglicerídeos.
  • Ureia e creatinina: Avaliam a função renal.
  • TGO (AST) e TGP (ALT): Avaliam a função hepática.
  • Gama GT: Avalia a função hepática e a saúde dos ossos.
  • TSH: Avalia a função da tireoide.
  • Eletroforese de proteínas: Avalia os níveis de proteínas no sangue.
  • Urina EAS: Avalia a presença de sangue, glicose, proteínas e outras substâncias na urina.
  • Papanicolau: Exame preventivo para o câncer de colo do útero.
  • Mamografia: Exame de imagem para o câncer de mama.
  • Densitometria óssea: Exame para avaliar a densidade mineral óssea e o risco de osteoporose.

É importante ressaltar que para saber quais exames devem ser feitos anualmente é necessário procurar um médico.  Cada mulher é única e precisa de um determinado exame de acordo com a sua realidade e suas queixas. Portanto, aproveite esse mês das mulheres para cuidar de quem realmente importa. Tire um tempo para cuidar de você, da sua saúde. Faça os exames preventivos e garanta uma vida mais feliz e saudável.

Referências:
– blog – Clínica Ceu Diagnósticos
– blog – Memed+

 

Beta HCG

Beta HCG

Introdução
O BETA-HCG refere-se a sigla para a subunidade beta de um hormônio denominado gonadotrofina coriônica humana (HCG – Human Chorionic Gonadotropin). Ele é produzido quando o óvulo é fertilizado e o blastocisto (nome dado ao zigoto após as primeiras divisões celulares) se implanta no endométrio, que é o revestimento epitelial do útero. O hCG é um hormônio secretado pela camada de células externa do blastocisto.

A função do hCG é estimular o corpo lúteo a continuar produzindo os hormônios estrogênio e progesterona, o que previne a menstruação e permite a continuidade da gravidez. Além da implantação do óvulo fecundado, o β-hCG também tem papel na nutrição do embrião.

Como o beta hCG é um hormônio encontrado no sangue de mulheres que estão grávidas, a detecção da sua presença é utilizada nos testes de gravidez.

HCG durante a gestação:
Durante uma gestação, o sistema endócrino age de forma muito importante, produzindo diversos hormônios, regulando várias funções essenciais para o desenvolvimento seguro da gravidez.

Na gestação, o HCG é sintetizado por uma estrutura do embrião denominada trofoblasto, a camada externa de células do embrião, que dá origem à placenta e anexos da gravidez. Sua principal função é a devida
implantação e manutenção da gestação.

Durante os três primeiros meses de gestação o nível de beta HCG aumenta progressivamente. Portanto, logo nos primeiros dias de atraso menstrual, quando já se iniciou o processo de implantação e produção de beta HCG, espera-se que seja possível detectá-lo através de amostra de sangue ou urina. Porém, sempre tome cuidado ao interpretar o resultado de qualquer exame, pois a sensibilidade de detecção da molécula procurada pode ser maior ou menor dependendo do método do exame realizado, podendo ser recomendável repetir a avaliação em alguns dias. Importante enfatizar também que outros sintomas podem levar a maior ou menor suspeita de gravidez, auxiliando na interpretação dos resultados obtidos.

Portanto existe duas maneiras de medir a presença da Gonadotrofina Coriônica Humana. A quantitativa e a qualitativa.

Beta HCG quantitativo
O exame de beta HCG quantitativo é realizado visando a detectar não apenas a presença ou ausência deste hormônio, mas também os níveis do beta HCG presentes no sangue. Essa medida pode ser importante
para auxiliar na avaliação da evolução da gestação e compatibilidade com a idade gestacional esperada. Porém, é importante ressaltar que os valores não devem ser interpretados de forma isolada, visto que a capacidade de detecção da molécula do beta HCG e a forma de laudar o resultado podem variar de acordo com cada laboratório. A unidade comumente utilizada para informar a concentração de beta HCG no sangue é mUI/ml.

O resultado do exame de beta HCG quantitativo também pode auxiliar no acompanhamento de algumas alterações da gestação, como gravidez química, gravidez ectópica e aborto, visto que nestes casos o exame
pode ser seriado (acompanhado) para auxiliar a compreender a evolução do quadro.

Beta HCG qualitativo
Outra maneira de avaliar a presença do HCG é por meio do beta HCG qualitativo, que geralmente é mais rápido e simples. O teste de avaliação qualitativo são os testes rápidos, que indicam o resultado positivo ou
negativo.

Os testes rápidos de gravidez possuem grandes chances de acerto e podem ser realizados já no primeiro dia de atraso menstrual. Não é recomendado que seja realizado antes por risco de resultado falso negativo.

O exame beta HCG qualitativo é realizado em laboratório pela coleta de sangue ou urina, e geralmente, por ter uma metodologia um pouco mais simples, o laboratório libera o resultado em menor tempo em comparação ao quantitativo.

Mesmo após realizar o teste qualitativo, pode ser recomendado confirmar o diagnóstico (negativo ou positivo) por meio de uma dosagem quantitativa de beta HCG sanguínea. Isso porque, o resultado permite ter
mais informações sobre o estado inicial da gravidez, e possibilita um comparativo futuro caso sejam necessárias novas dosagens.

A Centerlab possui e disponibiliza em seu portfólio as duas metodologias: Tanto por ensaios Imunocromatográficos quanto por Imunofluorescência.

Metodologia Qualitativa por testes imunocromatográficos (teste rápido) Eco Diagnóstica, Analisa e Labtest.

Hcg 25 Mui Teste 100 Tiras Eco Diagnóstica

Hcg 25 Ui Cat – 50 Tiras Gold Analisa

Hcg Betatest Ref: 712K7/25 Labtest

Metodologia Quantitativo por Imunofluorescência é utilizado em conjunto com os analisadores point of care para determinar quantitativamente a β-Gonadotrofina Coriônica Humana (β-HCG), presente em amostras de soro, plasma ou sangue total. O HCG aparece no soro de mulheres grávidas cinco dias após a implantação do blastocisto e a sua concentração aumenta continuamente até ao terceiro mês da gravidez.

Temos disponíveis para beta quantitativo, os testes da Celer e Eco Diagnóstica, que podem ser feitos nos equipamentos abaixo:

Celer Finecare II Plus SE

O ECO F200 Point Of Care

Infecções sexualmente transmissíveis

Infecções sexualmente transmissíveis

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. Elas são transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de preservativo.

As IST podem se manifestar por meio de feridas, corrimentos e verrugas anogenitais, entre outros possíveis sintomas, como dor pélvica, ardência ao urinar, lesões de pele e aumento de ínguas.

São alguns exemplos de IST: herpes genital, sífilis, gonorreia, tricomoníase, infecção pelo HIV, infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), hepatites virais B e C.

As IST aparecem, principalmente, no órgão genital, mas podem surgir também em outras partes do corpo (ex.: palma das mãos, olhos, língua). A preocupação é para o ano todo, mas é no Carnaval que o numero de casos aumenta. A elevação do número de exames laboratoriais após o evento são indícios que essas infecções se espalham mais facilmente nessa época festiva.

Algumas IST podem não apresentar sinais e sintomas, e se não forem diagnosticadas e tratadas, podem levar a graves complicações, como infertilidade, câncer ou até morte. Por isso, a grande importância em realizar exames laboratoriais para verificar se houve contato com alguma pessoa que tenha IST, após ter relação sexual desprotegida.

A Centerlab possui em seu portfólio testes imunocromatográficos que utilizam antígenos ou anticorpos como moléculas de captura e detecção com alta sensibilidade e especificidade. Muito práticos e rápidos, são realizados em uma única etapa, assegurando resultados mais precisos.
HIV Triline
Kit para determinação qualitativa e diferencial de anticorpos anti-HIV-1 e anti-HIV-2, separadamente, em amostras de soro, plasma ou sangue total por método imunocromatográfico. O Imuno-Rápido HIV Triline é um teste imunocromatográfico que determina qualitativamente a presença de anticorpos contra proteínas recombinantes correspondentes às glicoproteínas gp-41 e gp-120 do HIV-1 e à glicoproteína gp-36 do HIV-2
em amostras de soro, plasma ou sangue total.

Sífilis Total
Kit para determinação qualitativa de anticorpos (IgG e IgM) anti-Treponema pallidum no soro, plasma ou sangue total, por método imunocromatográfico. Utiliza uma dupla combinação de antígenos de Sífilis que permite detectar qualitativa e seletivamente os anticorpos anti-T. pallidum de diferentes classes (IgG e IgM) em soro, plasma e sangue total.

HBsAg
Kit para determinação qualitativa do antígeno de superfície do vírus da hepatite B (HBsAg), por método imunocromatográfico, usando anticorpos mono e policlonais imobilizados na membrana para identificação seletiva de HBsAg em amostras de soro. O Imuno-Rápido HBsAg é um teste para determinação qualitativa da presença de HBsAg em soro, que utiliza uma combinação de anticorpos monoclonais e policlonais para detecção seletiva de níveis elevados de HBsAg.

HIV/Sífilis ECO Teste
Ensaio imunocromatográfico para detecção qualitativa e simultânea de anticorpos específicos para HIV-1, incluindo subtipo O, HIV-2 e Sífilis (Treponema pallidum).

HCV
O Imuno-Rápido HCV é um teste imunocromatográfico para determinar qualitativamente a presença de anticorpos anti-HCV em amostras de soro, plasma e sangue total.

Referencias:
– https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/i/ist
– Vigilância Epidemiológica Ministério da Saúde (www.gov.br)
– Imuno-RÁPIDO – Reagentes – Wama Diagnóstica (wamadiagnostica.com.br)
– ecodiagnostica.com.br/diagnostico-rapido/categoria/doencas-infecciosas/

Hemograma veterinário em 60 segundos

Hemograma veterinário em 60 segundos

O mercado, ligado aos animais, está em plena expansão. Os bichinhos de estimação fazem parte da vida do brasileiro. Embora cães e gatos sejam os mais comuns, também há aves, peixes ornamentais e até espécies exóticas. O importante é que hoje milhões de famílias têm um amigo no mundo animal — e investem nele.

A última estimativa feita pelo Instituto Pet Brasil (IPB) informa que, em 2022, os 150 milhões de pets domiciliados no Brasil movimentaram R$ 59,9 bilhões de reais em alimentos, medicamentos, acessórios e em clínicas, hospitais e consultórios veterinários. O montante representa crescimento de 15,8% em relação a 2021. Segundo a Revista Forbes, o Brasil é o terceiro país em número de animais domésticos no mundo. Estima-se que pelo menos 70% da população tenha um pet em casa ou conheça alguém que tenha.

No que se refere às espécies, “a preferência dos brasileiros são pelos cachorros” — os doguinhos estão em 58% dos lares. Em segundo lugar vêm os gatos, presentes em 28% dos lares. Nas posições seguintes estão as aves e os peixes, com 11% e 7%, respectivamente.

Entretanto, ter um pet exige cuidados especiais, principalmente quando nossos amiguinhos não estão se sentindo bem, não é? Para tanto, exames veterinários são ferramentas fundamentais para o diagnóstico precoce de doenças, sendo um dos principais exames para a investigação o hemograma.

Com o hemograma em mãos o veterinário consegue avaliar as células sanguíneas dos Pets e sendo capaz de detectar a presença de patologias com antecedência. Os benefícios são inúmeros destacando entre eles a velocidade no diagnóstico, detecção de doenças como: anemia, infecções, mau funcionamento da medula óssea e distúrbios plaquetários, além disso é possível acompanhar o desenvolvimento de uma enfermidade e sua evolução, possibilitando ainda um tratamento mais rápido com a correta medicação.

O mercado pet tem se destacado como um setor em constante evolução e crescimento com foco na saúde e bem-estar dos animais. Os avanços tecnológicos são notórios, impulsionado o desenvolvimento do mercado veterinário, foi-se o tempo que os hemogramas dos pets se misturavam com dos humanos, hoje os equipamentos são específicos atendendo a necessidade de cada espécie animal.

Em constante inovação, os equipamentos para realizações dos exames vêm tornando essa tarefa fácil e ágil, sendo possível a realização de um hemograma pressionando apenas um botão e o mais impressionante,
os resultados ficam disponíveis em 1 minuto apenas, auxiliando assim nas decisões clínicas com maior assertividade.

As análises laboratoriais, na medicina veterinária, representam uma excelente oportunidade de atuação para médicos veterinários, principalmente quem atua na área clínica.

Hoje, ser capaz de realizar os exames mais rotineiros dentro da própria clínica trás agilidade ao processo de diagnóstico e reduzem custos para o veterinário e para os tutores. Além disso, são um grande diferencial, as clínicas que realizam seus próprios exames.

Neste contexto, a Centerlab em parceria com a Japonesa Nihon Kohden trouxe o que existe de mais moderno em tecnologia de equipamento para a realização do hemograma, aliados a simplicidade operacional.

Basta apenas o toque de um botão e em 60 segundos você terá o resultado preciso em suas mãos!

CELLTAC ALFA 6550 VETERINÁRIO
Em 60 segundos e com apenas 30 microlitros de amostra temos informações relevantes e importantes, como: Leucócitos totais, contagem de hemácias e plaquetas, hemoglobina, hematócrito, volume corpuscular
médio, hemoglobina corpuscular média, concentração de hemoglobina corpuscular média, amplitude de distribuição das hemácias e contagem diferencial de leucócitos em 4 partes: Linfócitos, Monócitos,
Eosinófilos e Granulócitos. São mais de 20 parâmetros disponíveis.

O equipamento disponibiliza esses parâmetros para caninos, felinos, bovinos e equinos, além disso é possível personalizar e adicionar mais três espécies de animais frequentes na sua rotina.

 

A preparação e limpeza automáticas asseguram que o analisador esteja sempre pronto para uso, proporciona resultados imediatos que auxiliam nas decisões clínicas mais rápidas.

Outras vantagens:
Remoção automática de coágulos após cada contagem;
Limpeza automática do bocal de amostragem;
Preparação e limpeza automáticas ao ligar;
Limpeza automática da passagem do fluido ao desligar.

Referencias:
– https://expertisecare.com.br/produtos/celltac-alpha-mek6550/
– https://www.peritoanimal.com.br/como-interpretar-o-exame-de-sangue-de-um-cachorro-23723.html
– https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/exame-de-sangue-em-caes/
– https://www.vetquality.com.br/hemograma-veterinario-completo/
-https://www.centerlab.com/

Análises Clínicas Veterinárias: Uma grande oportunidade de mercado em Expansão

Análises Clínicas Veterinárias: Uma grande oportunidade de mercado em Expansão

Nos últimos anos o mercado pet brasileiro é um dos mais vibrantes e sólidos do mundo. Além de ser o sexto maior do planeta em faturamento, registrou uma impressionante alta de 42,5%, durante a pandemia, saltando de R$ 35,3 bilhões em 2019 para R$ 51,7 bilhões em 2021. No ano passado, o mercado cresceu 27%. Esses números levam em conta os segmentos da indústria, serviços, venda de animais direto dos criadores e rede de varejo em todo o Brasil.

Os pet shops pequenos e médios, são os principais canais de vendas, seguido em termos de participação de mercado, das análises clínicas e hospitais veterinários com crescimento notável.

Esse fenômeno é impulsionado pelo constante incremento na quantidade de animais de estimação presentes em nossos lares, refletindo a crescente importância atribuída à saúde destes queridos companheiros.

Com esse influxo de animais domésticos em nossas vidas, a atenção à sua saúde tornou-se uma prioridade incontestável. Os proprietários de animais estão, cada vez mais, dispostos a investir em exames clínicos de alta qualidade para garantir o bem-estar e a saúde de seus amigos de quatro patas.

Esse aumento na demanda por serviços de análise clínica veterinária não apenas evidencia a conscientização sobre a importância de cuidar da saúde de nossos animais de estimação, mas também desvenda oportunidades de negócios de grande relevância.

O setor de atividades veterinárias (CNAE 7500100) apresentou um aumento de 39,4% no número de estabelecimentos entre 2017 e 2020, saltando de 38,1 mil para 53,1 mil clínicas veterinárias, conforme relatório
do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV, 2021).

O crescimento deste mercado também é apoiado pela evolução das práticas dos profissionais de saúde veterinária e laboratórios especializados, que estão se ajustando a essa crescente demanda, oferecendo uma
gama cada vez mais diversificada de testes e serviços de diagnóstico específicos os pets.

A inovação tecnológica também desempenha um papel fundamental nesse contexto, possibilitando diagnósticos mais ágeis, fáceis e preciso.

Veterinário
As soluções de automação laboratorial, como analisadores hematológicos e bioquímicos, aliados a reagentes específicos para análise de amostras dos pets e ainda a simplicidade e rapidez na realização dos exames, podem auxiliar no diagnóstico, manejo e tratamento precoce dos animais.

Hoje já é possível realizar um hemograma completo com análise de 21 parâmetros em apenas 60 segundos e pressionando um simples botão no equipamento. Este é o momento de aprimorarem seus serviços, permanecendo à frente da concorrência e continuando a ser a referência aos olhos dos clientes. O mercado de análises clínicas veterinárias é uma promissora área de oportunidades, onde o cuidado e a inovação se encontram.

Neste cenário o mercado de análises clínicas veterinárias oferece oportunidades únicas para investidores que desejam fazer parte de um setor em expansão.

Atento a isso nós da Centerlab – Central de Artigos para Laboratório – buscamos oferecer o que há de mais moderno no mercado pet com inovações e soluções para nossos parceiros. Possuímos todos os materiais
necessários para implantação do seu laboratório do zero.

Somos uma empresa que trabalha a mais de 40 anos no mercado de diagnóstico humano e estamos levando toda essa expertise e conhecimento para aqueles que almejam empreender.

Se você possui um laboratório ou deseja iniciar nessa área, entre em contato, teremos o maior prazer em apresentar a vocês todo nosso portfólio.

DelipVET

Nós da Centerlab em parceria com a Labtest trazemos essa exclusividade no mercado.

O DelipVET Ref. 1020 é um reagente veterinário capaz de remover a lipemia de amostras de cães e gatos.

A presença de lipemia em amostras animais é comum e está relacionada aos níveis altos de triglicérides que podem ocorrer devido à ausência de jejum antes de realizar a coleta ou a fatores genéticos.

A interferência pré-analítica da lipemia causa erros em exames laboratoriais por aumentar a turbidez da amostra e afetar a leitura de absorvância realizada pelos analisadores bioquímicos.

O DelipVET remove a lipemia da amostra por meio de um procedimento simples e que não requer equipamentos específicos. O sistema emprega metodologia de aglutinação de lipoproteínas, o processo leva cerca de 15 minutos e pode ser realizado em uma centrífuga.

Ele ainda é compatível com diversos reagentes da linha de Bioquímica VET da Labtest, como os:
– Albumina VET – Ref. 1007,
– ALT/GPT Liquiform VET – Ref.1008
– AST/GOT Liquiform VET – Ref. 1009
– Fosfatase Alcalina Liquiform VET – Ref. 1011
– Glicose Liquiform VET – Ref. 1012
– Ureia UV Liquiform VET – Ref. 1013
– Frutosamina VET Ref. 1019

Referencias
– Disponível em: https://institutopetbrasil.com/fique-por-dentro/amor-pelos-animais-impulsiona-os-negocios/
– Disponível em: https://www.cfmv.gov.br/censo/transparencia/2017-2020/2020/12/11/

Hemoglobina Glicada – HBA1C

Hemoglobina Glicada – HBA1C

Hemoglobina Glicada – HBA1C

Atualmente, o diabetes mellitus (DM) atinge 180 milhões de pessoas em todo o mundo. Com o aumento da prevalência de obesidade e o sedentarismo, estima-se que em 2025 mais de 300 milhões de pessoas venham ter diabetes. Nos países em desenvolvimento, o aumento esperado é de 170% (de 84 milhões para 228 milhões de pessoas afetadas). Essa projeção é de especial importância nesses países, onde o diabetes se encaminha para a aparição em fases mais precoces da vida (entre 40-64 anos) em comparação com os países desenvolvidos, onde a doença normalmente acontece aos 65 anos de idade ou mais.

O DM é caracterizado por um distúrbio metabólico complexo, resultante da destruição imunomediada de células produtoras de insulina nas ilhotas de Langerhans (Diabetes Mellitus 1) ou da combinação de resistência à insulina e deficiência relativa de insulina (Diabete Mellitus 2). Ambos os tipos estão associados a complicações graves consequentes das flutuações agudas da hiperglicemia crônica, característicos da doença. As complicações decorrentes do descontrole glicêmico (disglicemia) são representadas pelas doenças macrovasculares e microvasculares e, quando presentes, contribuem para o aumento da mortalidade, redução da qualidade de vida e aumento dos custos no tratamento da doença.

Glicose

O objetivo do tratamento do paciente com diabetes mellitus (DM) é o bom controle metabólico, diminuindo, assim, os riscos de complicações micro e macrovasculares. Dentre o arsenal disponível à avaliação do controle glicêmico, encontram-se a hemoglobina glicada (HbA1c).

A determinação da HbA1c possibilita estimar quão elevadas as glicemias estiveram nos últimos 3 a 4 meses. Tal estimativa torna-se possível pelo fato da glicose sanguínea ligar-se de maneira irreversível à hemoglobina durante o período de vida da hemácia, que tem essa duração. A porcentagem da hemoglobina que sofreu glicação será tanto maior quanto maior a concentração de glicose sanguínea. Esse resultado expresso em porcentagem refere-se à média das glicemias diárias, sendo 50% correspondente ao mês que precedeu o exame, 25% ao mês anterior à coleta e 25% ao terceiro e quarto meses anteriores. Assim, o valor de HbA1c obtido corresponderá, sobretudo, ao controle glicêmico do último mês e, secundariamente, dos 2 a 3 meses precedentes.

Desde o Diabetes Control and Complications Trial (DCCT), a HbA1c é considerada o exame padrão-ouro para avaliar o controle metabólico por exemplo em indivíduo com DM1, já que ficou consistentemente demonstrada a relação entre níveis aumentados e risco de complicação microvascular. Aqueles que apresentaram os valores mais baixos de HbA1c, próximos de 7%, também mensuraram mais vezes a glicemia capilar (sete vezes ao dia) e apresentaram glicemia média de 163 mg/dL, confirmando a necessidade de monitorização mais intensiva para alcance dos objetivos glicêmicos.

Durante anos, acreditou-se que os alvos da HbA1c deveriam variar conforme a faixa etária, especialmente para crianças, sendo maiores para lactentes e progressivamente menores para crianças em idade escolar e na adolescência. No entanto, em 2009, o consenso da Sociedade Internacional de Diabetes para Pediatria e Adolescência (ISPAD) recomendou que o alvo de HbA1c para qualquer criança ou adolescente com idade inferior a 18 anos fosse menor (7,5%); a partir de 2014, a Associação Americana de Diabetes (ADA) passou a utilizar os mesmos critérios. Vale ressaltar que ambas as associações permitem o aumento temporário do alvo, na vigência de hipoglicemia assintomática, até que os sintomas sejam restaurados.

Para adultos, as recomendações de HbA1c variam de 6,5 a 7,0%, dependendo da sociedade científica, mas sempre é importante individualizar o tratamento. A Tabela 1 resume as principais metas de controle glicêmico e de HbA1c adotadas por diferentes sociedades científicas para adultos com DM.

Vale ressaltar que, atualmente, o valor de HbA1c igual a 7% interpreta-se como correspondente a uma glicemia média estimada de 154 mg/dL, e não 163 mg/dL, como já fora previamente interpretado. De qualquer modo, é importante frisar que uma HbA1c de 7% corresponde a uma glicemia que varia de 122 a 184 mg/dl e, portanto, outras ferramentas que não só a HbA1c devem servir de parâmetro para o controle metabólico, como o tempo no alvo e o coeficiente de variação.

Recomenda-se que a HbA1c seja realizada a cada 3 a 4 meses em crianças e adolescentes, com no mínimo duas medidas anuais. Para adultos, com controles estáveis, sugerem-se duas medidas de HbA1c ao ano, embora estudo recente com mais de 15 mil adultos com DM1 tenha mostrado benefícios da medida trimestral da HbA1c e da automonitorização da glicemia capilar no controle metabólico. Os pacientes com HbA1c mais baixa foram aqueles que monitoravam mais vezes a glicemia (seis vezes ao dia) e realizavam exame de HbA1c com mais frequência (três a quatro vezes ao ano).

É importante, também, considerar a técnica laboratorial utilizada na realização do exame. Os valores de referência podem variar conforme os métodos laboratoriais. O ideal é que o laboratório utilize apenas os métodos certificados pelo National Glycohemoglobin Standardization Program (NGSP), que garante a comparabilidade com  empregado no Diabetes Control and Complications Trial (DCCT). Métodos certificados pelo NGSP identificacam fração de  hemoglobina glicada definida como HbA1c, cuja faixa de normalidade varia de 4 a 6%. Os laboratórios clínicos devem estar preparados para fornecer resultados exatos e precisos de HbA1c, para ajudar o clínico a prevenir e manejar as complicações do DM.

Tabela

Contribuindo para o sucesso dos negócios de nossos clientes, a Centerlab e juntamente com a Labtest, uma parceria de sucesso, comercializando soluções em produtos e serviços para diagnóstico e pesquisa, tem a satisfação de apresentar os equipamentos de bioquímica da linha – Audmax com hemólise on-board de glicohemoglobina.

Audmax360Referencias
– Disponível em: https://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2020/02/Diretrizes-Sociedade-Brasileira de- Diabetes-2019-2020.pdf. Acesso em 22/04/2023.
– Disponível em: https://www.scielo.br/j/abem/a/gz4QFDvhqKCwL95LyrbDT6z/. Acesso em 22/04/2023.

Arboviroses e seus sintomas

Arboviroses e seus sintomas

Arboviroses e seus sintomas
As arboviroses que são doenças causadas por vírus chamados Arbovírus, termo esse que deriva da expressão inglesa ARthropod BOrne VIRUSES, adotada em 1942 para designar grupo de infecções virais cujos agentes foram isolados de animais que tinham participação na etiologia das encefalites, têm sido motivo de grande preocupação em saúde pública em todo o mundo. Esse conjunto é composto por centenas de vírus que compartilham a característica de serem transmitidos por artrópodes, em sua maioria mosquitos hematófagos, embora não tenham necessariamente relação filogenética. Os vírus mais importantes para a saúde humana são os transmitidos por culicídeos, principalmente dos gêneros Culex e Aedes (figura 1), embora existam arbovírus transmitidos por outros artrópodes, como flebotomíneos e também por carrapatos. Esses em geral, circulam entre os animais silvestres, com alguma especificidade por hospedeiros e mantendo-se em ciclos enzoóticos em poucas espécies de vertebrados e invertebrados. O homem ou animais domésticos, geralmente, são hospedeiros acidentais.

Os arbovírus são encontrados em todo o mundo e atualmente existem aproximadamente 545 espécies conhecidas, entre as quais mais de 200 são veiculadas por mosquitos sendo que 150 delas causam doenças em seres humanos. A maior parte desses vírus pertence aos gêneros Alphavirus (família Togaviridae) e Flavivirus (família Flaviviridae); outros membros de importância para a saúde humana são das famílias Bunyaviridae, Reoviridae e Rhabdovirida. Esse grupo de RNA vírus apresenta grande plasticidade genética e alta frequência de mutações, o que permite adaptações a hospedeiros vertebrados e invertebrados.

Foto Mosquito

 

No atual contexto epidemiológico brasileiro, os arbovírus pertencentes da família Flavivirus de maior circulação são DENV (Dengue), ZIKV (Zika) e da família Togavirus, CHIKV (Chikungunya), tendo eles como principal transmissor o mosquito Aedes aegypti.

Já está bem documentada a dramática disseminação de dengue no Brasil nos últimos anos, com aproximadamente um milhão e meio de casos prováveis em 2022, com 1016 óbitos e com taxa de incidência de 679,9 casos por 100 mil habitantes. Outro arbovírus emergente é o CHIKV, que iniciou expansão pandêmica a partir de 2004. No Brasil, detectou-se sua transmissão autóctone em setembro de 2014 no Amapá, disseminando-se por outros estados
brasileiros. Além disso, em 2022 ocorreram 174.517 casos prováveis de Chikungunya com taxa de incidência de 81,8 casos por 100 mil hab.

Com relação aos dados de ZIKV, identificado pela primeira vez em Uganda em 1947, e que partir de abril de 2015foi confirmado sua transmissão autóctone no Brasil, ocorreram 9.600 casos prováveis em 2022, correspondendo a umataxa de incidência de 4,3 casos por 100 mil habitantes no País.

Sintomas de Arboviroses
Os sintomas das arboviroses variam muito, já que sua única característica m comum é o fato de serem transmitidos por artrópodes. No entanto, dentro das subclassificações das arboviroses, algumas costumam ter sintomas semelhantes. Por exemplo, são os sintomas da Dengue, Zika Vírus e Febre Chikungunya (figura 2):

tabela sintomas

 

A perplexidade diante da disseminação de ZIKV e CHIKV e seu impacto no Brasil foram suficientes para se estabelecer situação de emergência em saúde pública pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde, quase dois anos após a entrada dos vírus no País. Esse quadro implicou em intensa mobilização de recursos e articulações entre estados e municípios para enfrentar a circulação viral, que tomou grandes proporções. Nesse contexto, a investigação e a suspeita de outros arbovírus devem fazer parte das rotinas da vigilância epidemiológica e das preocupações da saúde pública nacional para prever novas emergências. Por outro lado, são essenciais os esforços para o desenvolvimento e aperfeiçoamento de exames diagnósticos ágeis, sensíveis e com pequena reação cruzada com outras arboviroses; imunobiológicos específicos e síntese de medicamentos antivirais, principalmente diante da infecção de gestantes pelo ZIKV. Ações conjuntas em pesquisa e o combate aos vetores podem ter impacto na expansão de vírus emergentes, como a infecção por DENV, CHIKV e ZIKV, as maiores preocupações do momento no País.

A centerlab disponibiliza em seu portfólio uma completa linha de produtos para diagnóstico de Arboviroses. Os testes sorológicos (Teste Rápido) e sistema de imunoensaio fluorescência quantitativo e qualitativo linha F Line da eco diagnóstico.

 

Testes

Arbovirose por Fluorescência – ECO F-Line

A linha F-Line da Eco Diagnóstico possui uma gama completa de testes por fluorescência para diagnóstico de arboviroses causadas pelo vírus da Dengue, Zika ou Chikungunya. Utilizando a linha F-Line da Eco Diagnóstica você tem:

– Exames mais sensíveis e específicos do que os testes rápidos;
– Metodologia confirmatória;
– Resultado em poucos minutos;
– Dispensa necessidade de terceirização dos exames;
– Linha exclusiva;
– Diferencial para o seu laboratório.

 

F Line

 

Referencias Bibliográficas:
– Infectologista Helena Brígido (CRM-PA: 4.374), membro do Comitê de Arboviroses da Sociedade Brasileira de Infectologia.
– Infectologista Otelo Rigato Jr. (CRM-SP: 57.775), doutor em infectologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e médico infecto do Sirio LibanêsMinistério da Saúde
– Eco Diagnóstico.
– D i s p o n í v e l e m : h t t p s : / / w w w . s c i e l o . b r / j / r s p / a / N y m 8 D K d v f L 8 B 3 X z m W Z B 7 h J H / ?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 17/04/2023.
– Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Arbov%C3%ADrus. Acesso em: 17/04/2023. D i s p o n í v e l e m : h t t p s : / / w w w . g o v . b r / s a u d e / p t – b r / c e n t r a i s – d e – c o n t e u d o / p u b l i c a c o e s / b o l e t i n s / e p i d e m i o l ó g i c o s / e d i c o e s / 2 0 2 3 / b o l e t i m – e p i d e m i o l o g i c o – v o l u m e – 5 4 – n o 0 1 / # : ~ : t e x t =Com%20rela%C3%A7%C3%A3o%20aos%20dados%20de,Figura%205%2C%20Figura%207C). Acesso em: 17/04/2023.

Coagulograma TP e TTPa

Coagulograma TP e TTPa

Atualizações em Coagulograma
O sangue é composto por várias substâncias, onde cada uma delas tem uma função. Algumas dessas substâncias são as proteínas denominadas fatores da coagulação, que ajudam a estancar as hemorragias quando ocorre o rompimento de vasos sanguíneos. Existem 13 tipos diferentes de fatores de coagulação e os seus nomes são expressos em algarismos romanos. Assim, existe desde o Fator I até o Fator XIII. Esses fatores são ativados por exemplo, quando ocorre o rompimento do vaso sanguíneo, onde a ativação do primeiro leva à ativação do seguinte até que ocorra a formação do coágulo pela ação dos 13 fatores.

Homeostase
A Hemostase é o equilíbrio entre as proteínas pró-coagulantes e anticoagulantes, que mantém a fluidez do sangue pelos vasos, incluindo o controle da hemorragia e dissolução de coágulos. Alterações neste equilíbrio caracterizam algumas patologias, entre elas a hemofilia e a trombofilia.
Tromboplastinas: As fontes mais importantes de tromboplastinas são os tecidos orgânicos em geral, mas também são advindas das plaquetas. A tromboplastina tecidual extrínseca é uma substância lipoproteica inativa, que para ser ativada é necessário que sua cadeia molecular seja aumentada por mais três componentes do plasma que são cofatores da atividade tromboplástica. A tromboplastina intrínseca é formada pela união de uma substância lipoproteica da plaqueta com outros fatores, mas ainda é inativa, e para ser ativada na coagulação, sua cadeia precisa ser aumentada por outros cofatores do plasma (fator V e X). Ao final de ambos os processos, se formam protrombinases que, atuando sobre a protrombina, converte-a em trombina. A trombina então tem ação sobre as moléculas de fibrinogênio, dessa ação resultam produtos que se polimerizam num novo arranjo molecular formando a fibrina.

Fibrinólise: A fragmentação da fibrina resulta da ação proteolítica da plasmina que existe no organismo sob a forma de um precursor inativo, o plasminogênio. Por ação de ativadores endógenos ou exógenos ocorre alteração na estrutura molecular do plasminogênio que se converte em plasmina, cuja a ação é maior no substrato da fibrina e menor no fibrinogênio. A estreptoquinase e a uroquinase são ativadores do plasminogênio e o ácido epsilonaminocapróico e os inibidores das proteases inativam a formação de plasmina ou, simplesmente bloqueiam sua ação, funcionando como anti-plasminas. Supõe-se atualmente que coagulação e fibrinólise são dois mecanismos que se desenvolvem concomitantemente existindo um equilíbrio dinâmico contínuo entre ambos.

Logo, para monitorização de tratamentos visando o controle da hemostasia, algumas medidas laboratoriais são utilizadas, entre elas o TP (Tempo de Protrombina) e o TTPA (Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada) onde os resultados serão utilizados para determinar o estado clínico de pacientes em tratamento com anticoagulantes orais.

Os testes de TP e TTPA são considerados testes de triagem da coagulação. É importante conhecer a sensibilidade destes testes na identificação da deficiência de diferentes fatores da coagulação. Um teste com pouca sensibilidade, ou seja, incapaz de identificar anormalidades pode gerar resultados inadequados que prejudicam a investigação das coagulopatias. A sensibilidade de um determinado reagente pode ser especifica para uso em um determinado equipamento ou para uso combinado com outros reagentes.

Tempo de Protrombina (TP)
O TP é um procedimento laboratorial que avalia os fatores da coagulação II, V, VII e X (via extrínseca), sendo que, destes, os fatores II, VII e X são vitamina K-dependentes. A determinação de TP é imprescindível na avaliação, no acompanhamento e na evolução de pacientes portadores de patologias variadas e também no monitoramento de pacientes que estão em terapia com anticoagulantes orais. Logo, resultados expressos erroneamente irão levar à condutas clínicas inadequadas, que podem levar o paciente a distúrbios hemorrágicos de graves dimensões.
O TP pode se apresentar aumentado em algumas situações, entre elas:
– Deficiência de fibrinogênio;
– Deficiência de protrombina;
– Deficiência de um dos fatores de coagulação (II,V,VII ou X);
– Deficiência associada de vários fatores, por insuficiência hepática, deficiência de vitamina K (alteração na absorção digestiva, antibioticoterapia prolongada, tratamento com dicumarínicos).

O TP pode se apresentar diminuído em:
– Terapia de reposição hormonal;
– Uso de contraceptivos orais;
– Terapia com barbitúricos (sedativos);
– Administração de multivitamínicos ou suplementos alimentares contendo vitamina K.

ISI e RNI
Os pacientes em terapia com anticoagulantes orais necessitam de monitorização rigorosa, envolvendo tanto fatores inerentes a ele quanto a fatores relacionados à determinação do teste, tais como a coleta, a separação, o acondicionamento da amostra, o reagente e a realização do ensaio.

Por avaliar a via extrínseca da coagulação (relacionado à lesão vascular), o TP foi muito utilizado para monitorização da terapia com antiacoagulantes orais, no entanto a adoção universal do TP com esta finalidade, não trouxe uma uniformidade nesta monitorização.

Os reagentes utilizados (tromboplastinas) inicialmente eram produzidos a partir de um tecido humano, e foram posteriormente sendo substituídos por reagentes de tecido animal, o que gerou enorme variação intra e interlaboratorial, ou seja, a sensibilidade dos reagentes variava de acordo com a origem da tromboplastina. Fato que ocasionou sérios problemas para os pacientes, visto que os resultados obtidos por laboratórios que utilizavam reagentes menos sensíveis, ocasionavam erroneamente em uso de doses mais altas de anticoagulantes.

Diante deste problema foi instituído pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a RNI (Relação Normatizada Internacional), que expressa a uniformização dos resultados, pois leva em consideração a sensibilidade do reagente utilizado. Os fabricantes dos reagentes foram orientados a comparar as tromboplastinas produzidas com a tromboplastina de referência mundial da OMS, através da construção de uma curva de calibração, onde será verificada a atividade enzimática a partir da diluição seriada de um plasma calibrador, e calcular o Índice de Sensibilidade Internacional (ISI), diminuindo assim, as discrepâncias entre os resultados do tempo de protrombina, dando mais confiabilidade ao teste.

TP TESTE

O ISI é considerado 1,00 quando a tromboplastina utilizada é a padrão (OMS). A cada mudança de lote o fabricante realiza uma curva de calibração, para se calcular a atividade enzimática a partir de uma diluição seriada de um plasma calibrador. Essa curva é relacionada com a tromboplastina padrão, e se é obtido o valor de ISI para aquele lote.

O cálculo do RNI só é necessário para pacientes com tempo de protrombina alterada pelo uso de anticoagulantes orais. Atualmente o RNI é utilizado mundialmente pelos laboratórios que monitoram a anticoagulação oral, e isto melhorou substancialmente a qualidade da monitorização.

Cascata de Coagulação

Cascata_de_coagulacao

Vantagens do uso do RNI no controle da anticoagulação oral:
– Permite melhor padronização, maior reprodutibilidade e menor variação interlaboratorial do TP em relação aos resultados expressos em segundos.
– Redução de custos, devido a menor necessidade de solicitação de exames.
– Indica a condição clínica do paciente, de maneira mais eficaz, reduzindo os possíveis efeitos colaterais da super ou subdosagem, ajustando a dose sempre que necessário.

Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada (TTPA)
O TTPA é um procedimento laboratorial que avalia a via intrínseca (fatores VIII, IX, XI e XII) e comum (fibrinogênio, protrombina, fatores V e X) da cascata da coagulação. O TTPA é relativamente mais sensível às deficiências dos fatores VIII e IX do que às deficiências dos fatores XI e XII ou fatores da via comum, mas, na maioria das técnicas, níveis de fatores entre 15% e 30% do normal prolongam o TTPA.

Distúrbios da via intrínseca da cascata da coagulação são
caracterizados pelo TTPA prolongado e o tempo de protrombina (TP) normal.Formas hereditárias incluem a deficiência dos fatores VIII ou IX (hemofilias A ou B respectivamente), fator XI pré-calicreína, cininogênio de alto peso molecular e fator XII. A deficiência dos três últimos fatores não está associada com quadro de manifestação hemorrágica, constituindo-se apenas uma anormalidade laboratorial. A Distúrbios adquiridos que cursam com TP normal e TTPA prolongado incluem o inibidor lúpico ou inibidores dos fatores VIII,IX e XI, além do uso da heparina.

Teste da Mistura
O teste de mistura é muito utilizado para investigação inicial de exames de triagem de hemostasia com resultados anormais: TP ou TTPA “prolongados”. O teste de mistura consiste na repetição do teste (TP e/ou TTPA) em uma mistura, em iguais proporções, do plasma do paciente com “pool” de plasmas normais.

Um TP ou TTPA prolongados podem indicar duas possibilidades:
a) deficiência de um ou mais fatores da coagulação necessários para a normalidade do teste;
b) presença de inibidor(es) que impede a formação do coágulo medida pelo teste. Em cada uma destas situações o teste de mistura mostrará um comportamento diferente.

No caso das deficiências de fatores, o teste de mistura revelará “normalização do resultado”. O fator que está deficiente será suprido pelo “pool” de plasmas normais e desta forma haverá correção do teste (TP ou TTPA).

Na presença de inibidores da coagulação, o teste de mistura revelará manutenção do prolongamento do teste. Isto se dá, pois os inibidores (em geral anticorpos) presentes no plasma do paciente também interferem com o “pool” de plasmas normais e o teste permanece prolongado.

Conheça as linhas de coagulação que a Centerlab oferece!
Alta confiabilidade na avaliação laboratorial da hemostasia!


Tromboplastina (TP) 5X4ML - 100 TESTES - CÓD. 01570 Cefalina Ativada TTPa (APTT) 80 TESTES - CÓD. 03462 

 HEMOSIL RECOMBIPLASTIN 2G 5X8ML - CÓD. 02311 Cefalina APTT SP 5X 9ML - HEMOSIL - CÓD. 12151

 


Referências:
– FRANCO, Rendrik. Fisiologia da coagulação, anticoagulação e fibrinólise. Medicina, Ribeirão Preto, v.34, p.229-237, jul/dez 2001.
– LANGER, B; WOLOSKER, M. Coagulação e fibrinólise: idéias atuais e suas aplicações clínicas. Rev Med, São Paulo, ed.15764, p.157-264, out/dez 2006.

Análise laboratorial da Hemostasia

Análise laboratorial da Hemostasia

O TAP (RNI) e o TTPA são exames que se destacam entre os inúmeros testes laboratoriais para análise da hemostasia, pois através deles é possível avaliar as vias extrínseca e intrínseca da coagulação.

O coagulograma (grupo de exames para análise da hemostasia) é solicitado principalmente antes de cirurgias, para que seja avaliado o risco do paciente sofrer hemorragias durante o procedimento. No entanto, também pode ser solicitado pelo médico em outras situações, como: Risco de trombose, picada de animais peçonhentos e no acompanhamento de pessoas que fazem uso de anticoagulantes como Heparina e Varfarina.

Embora alguns dos exames para análise da hemostasia possam ser realizados manualmente ou com uso de aparelhos semiautomáticos, a automação total nessa área vem se tornando cada vez mais importante. Além de melhorar a qualidade, no que se diz respeito à precisão e velocidade dos resultados, outros pontos vêm se tornando cada vez mais essenciais na rotina laboratorial, tais como: aumento da capacidade operacional, menor volume de amostra a ser coletada, eliminação de atividades desnecessárias e a combinação das atividades em processos únicos. Todas essas melhorias contribuem muito para simplificação e padronização dos processos laboratoriais.

Existem condições do paciente que podem interferir tecnicamente na realização dos testes de hemostasia bem como na interpretação dos resultados, dentre elas pode-se citar a dieta alimentar, atividade física, influência hormonal, variação circadiana, medicamentos e estresse mental.

Ainda sobre condições que podem interferir nos resultados dos exames de hemostasia, é importante elucidar sobre influências pré-analíticas tais como: uso inadequado do material de coleta, proporção sangue/anticoagulante não respeitada, homogeneização da amostra, lipemia, icterícia, hemólise entre outras.

Coleta da amostra
O anticoagulante apropriado para a maioria dos testes de hemostasia é o citrato de sódio dihidratado 3,2% ou 0.109M na proporção de 1:9 (anticoagulante:sangue). Observar o volume correto de sangue nos tubos após a coleta, a maioria dos tubos tem marcas indicado o volume mínimo e máximo de sangue.

 

Coleta

 

Ordem da coleta

Estudos demonstram que os resultados do tempo de protrombina (TAP), International Normalized Ratio (RNI), e o tempo de tromboplastina parcial ativado (TTPA) não sofrem interferência se avaliados no primeiro tubo coletado, sem a necessidade da coleta prévia de um tubo de descarte. Esses estudos não comprovaram a hipótese de que amostras para os ensaios rotineiros de coagulação deveriam ser obtidas após a coleta do tubo de descarte. No entanto, se na solicitação for necessário a coleta de um tubo de descarte antes do tubo de citrato, se este for o primeiro tubo, para evitar interferências da tromboplastina tecidual.

Ao realizar a coleta com sistema de escalpe, sendo o tubo para testes de coagulação o primeiro a ser coletado, deve-se utilizar o tubo de descarte. O uso do tubo de descarte tem por finalidade preencher o espaço “morto” do escalpe, para garantir a proporção adequada do anticoagulante em relação ao sangue total. Para fins de descarte, utilize um tubo para coagulação ou sem qualquer aditivo.

Sequência de coleta para tubos plásticos pela CLSI H3-A6
1. Frascos para hemocultura;
2. Tubos com citrato de sódio (tampa azul);
3. Tubos para soro com ativador de coágulo, com ou sem gel separador para obtenção de soro (tampa amarela e/ou vermelha);
4. Tubos com heparina (tampa verde);
5. Tubos com EDTA (tampa roxa);
6. Tubos com fluoreto/EDTA (tampa cinza).

Diante desse cenário, a Centerlab em parceria com a Werfen apresenta uma revolução nos testes de hemostasia.

Os sistemas ACL TOP Family Série 50 oferecem o gerenciamento de automação e qualidade mais avançado em testes de hemostase. Ideal para testes de hemostasia de rotina e especialidade, incluindo ensaios de coagulação, cromogênicos e imunológicos em laboratórios clínicos de médio a alto volume.

Automação do analisador
– Reagentes com código de barras;
– Monitoramento onboard contínuo de estabilidade dos reagentes;
– Execução automática de frequência QC.
– Capacidade de repetição e de testes reflexivos;
– Relatório totalmente automatizado de ensaios de fatores com paralelismo;
– Auto-verificação e upload dos resultados;
– Trabalha com tubo fechado perfurando a tampa (modelos CTS).

Operação Contínua
– Carregamento e descarregamento contínuos de amostras e reagentes através de racks sem interrupção de sistema;
– Carregamento de cuveta e eliminação de resíduos ininterruptos.

Manutenção Simples
– Manutenção diária, solicitada pelo sistema, em menos de 5 minutos;
– Notificação de “manutenção em atraso” para alertar o usuário;
– Solução de problemas e diagnósticos de instrumento remotos via web em tempo real (opcional).

Parada programada rápida
– Até 360 TP/h;
– Resultados de TP em standby dentro de aproximadamente 3 minutos;
– Amostras carregadas em qualquer rack, em qualquer posição, a qualquer momento, incluindo STAT.

Verificação automatizada pré-analítica de integridade de amostra
– Detecta interferência de Hemólise, Icterícia e Lipemia (HIL);
– Valores que ultrapassam o limite específico do ensaio são sinalizados;
– Pré-configurado para limites pré-validados com personalização opcional;
– Detecta problemas com volume de amostra do tubo;
– Sinaliza aspiração anormal de amostra, solicitando ao usuário que verifique a curva de formação de coágulos.

Ferramentas avançadas de suporte para acreditação e qualidade
– O conjunto mais abrangente de ferramentas de rastreamento de auditoria disponível;
– Informação disponível de hora, data e operador para todas as funções e atividades do analisador;
– Manutenção, controle de qualidade, calibração e relatório de temperatura;
– Relatórios de auditoria abrangentes e seguros com um clique.

Verdadeira Padronização
Todos os modelos oferecem resultados de mesma qualidade, portfólio de reagentes abrangente, software intuitivo, recursos e usabilidade, além das mesmas verificações pré-analíticas automatizadas para desempenho e flexibilidade superiores em todo o processo de teste.

ACL ELITE PRO
Processamento de Rotinas e Testes especiais com opção de urgência, em sistemas compactos, convenientes e fáceis de usar. Oferece uma combinação única de processos automatizados para laboratório de médio volume.

– Bandeja com capacidade para 40 amostras em tubo primário ou cups;
– Acomoda até 22 reagentes;
– Velocidade/Teste:

  • TP – Acima de 175/h
  •  TTPa – Acima de 125/h

– Todas as posições dos reagentes são monitoradas para o volume e estabilidade “on board”;
– Acesso randômico para minimizar o tempo de obtenção de resultados;
– Área de análises – 2 canais: 660 nm para provas coagulométricas e 405 nm para provas cromogênicas e imunológicas.
– Probe de amostras e sensores
– 2 pipetas para aspiração /dispensão com sensores líquidos.

ACL ELITE PRO

 

Referências:
– Laboratório de Hemostasia – Gestão da fase pré-analítica: Minimizando erros – Ministério da Saúde.
– Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial para coleta de sangue venoso – 2. ed. Barueri, SP : Editora Manole, 2010.
– Exames Laboratoriais para Análise da Hemostasia.
– Portal educação. Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/exames-laboratoriais-para-analise-da-hemostasia/11334> acesso em 22/07/2019.
– Folder ACL Top –Família série 50. Werfen Medical.
– Avaliação laboratorial da hemostasia. Dayse Maria Lourenço. Tratado de hematologia. Cap. 60. Pág 583-590.
– Automação Laboratorial em Coagulação. Centerlab News – informativo técnico-científico. Nº 109. Setembro 2018.
– https://newslab.com.br/conheca-o-que-ha-de-mais-novo-e-eficiente-no-segmento-pre-analitico/ (Acesso 22/10).