Apesar de ameaçar uma em cada cinco pessoas do mundo, a maioria das metas para 2020 acordadadas na Declaração de Londres em 2012 seguem inalcançadas.

No primeiro dia mundial de combate às doenças tropicais negligenciadas, em 30 de janeiro, decidiu-se um esforço de mais de 200 organizações ao redor do mundo para impulsionar esforços e investimentos para esse tema. As DTNs são doenças relacionadas à pobreza e afetam mais de 1,6 bilhão de pessoas no mundo. São 20 doenças listadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como doença de Chagas, leishmaniose, esquistossomose, hanseníase, dengue e chikungunya que estão no planeta há centenas de anos, mas seguem sem controle e sem alternativas terapêuticas satisfatórias.

Dessa forma, algumas das metas da Declaração de Londres como a erradicação da dracunculíase – doença do verme-da-guiné, o controle da hanseníase, da doença de Chagas e esquistossomose até 2020 não serão alcançadas neste ano. A Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH), parceira do primeiro Dia Mundial contra DTNs, alerta que no Brasil a hanseníase não está sendo percebida e, por consequência, diagnosticada e notificada.

Segundo Claudio Salgado, presidente da entidade, o país deve ter de 3 a 5 vezes mais casos da doença. É alto o índice de diagnóstico tardio, sequelas incapacitantes e afastamentos temporários ou permanentes do trabalho por hanseníase. “É preciso ensinar nas universidades, capacitar profissionais da atenção básica à saúde, esclarecer a população e trabalhar fortemente contra o preconceito”, alerta. Segundo ele, ações como o Dia Mundial contra DTNs são importantíssimas neste cenário.

Fonte:Labornews
05 DE FEVEREIRO DE 2020