Uma das principais finalidades dos resultados dos exames laboratoriais é reduzir as dúvidas que a história clínica e o exame físico fazem surgir no raciocínio médico. Para que o laboratório clínico possa atender, adequadamente, a este propósito, é indispensável que todas as fases do atendimento ao paciente sejam desenvolvidas seguindo os mais elevados princípios de correção técnica, considerando a existência e a importância de diversas variáveis biológicas que influenciam, significativamente, a qualidade final do trabalho.

Atualmente cerca de 60 a 70% dos erros laboratoriais estão concentrados na fase pré-analítica em laboratórios clínicos que possuem um sistema de controle de qualidade bem estabelecido, devido a esse número expressivo iremos abordar essa fase neste boletim, lembrando que existem as fases Analítica e Pós-Analitica.

Fase Pré Analítica

A fase pré-analítica inclui a indicação do exame, redação da solicitação de eventuais instruções de preparo do paciente, avaliação do atendimento às condições prévias, procedimento de coleta, acondicionamento, preservação e transporte da amostra biológica até o momento em que o exame seja, efetivamente, realizado.

Para a coleta de sangue e realização de exames laboratoriais, é importante que se conheça, controle e, se possível, evite algumas variáveis que possam interferir na exatidão dos resultados. Classicamente, são referidas como condições pré-analíticas: variação cronobiológica, gênero, idade, posição, atividade física, jejum, dieta e uso de drogas para fins terapêuticos ou não.

Inúmeras variáveis pré-analíticas podem ser responsáveis pelas falhas nesse processo, sendo as mais relevantes:
– amostra insuficiente;
– amostra incorreta;
– amostra inadequada;
– identificação incorreta;
– problemas no acondicionamento e transporte da amostra.

Tabela 1 – Freqüência de erros na fase pré analítica em laboratórios clínicos

Tabela 1

 

Venopunçao

A venopunção é um procedimento complexo, que exige conhecimento e habilidade. Quando uma amostra de sangue for colhida, um profissional experiente deve seguir varias etapas, como: verificar a solicitação medica apresentar-se ao paciente, estabelecer uma comunicação clara com mínimo de termos técnicos possíveis, passar confiança, explicar todo procedimento
obtendo consentimento para o procedimento, realizar a assepsia das mãos entre os pacientes, realizar a identificação do paciente confirmando os dados pessoais e comparando-os ao pedido medico, caso paciente inconsciente realizar comparação com o bracelete de internação e confirmar os dados cadastrais com acompanhante ou equipe da enfermagem assistencial, anotando nome de quem forneceu as informações, paciente semiconscientes, comatosos ou dormindo devem ser despertado antes da coleta, verificar as condições de preparo e o jejum do paciente está adequados e indagar sobre eventuais alergia ao látex.

Para realização da coleta de sangue, alguns aspectos devem ser analisados, como:
– Local de Escolha da Venopunção;
– Uso Adequado do Torniquete;
– Procedimento para Antissepsia e Higienização em Coleta de Sangue Venoso;
– Higienização das mãos;
– Vestir as Luvas;
– Antissepsia do local da punção;

É importante ter a consciência de que as medidas dessas falhas nos diversos processos, por meio de levantamento de indicadores, podem contribuir para busca de causa e consequentemente melhora do processo.

Para uma melhor compressão do assunto e uma leitura mais aprofundada, recomendamos a leitura “Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica Medicina Laboratorial para Coleta de Sangue Venoso”.

A Centerlab em parceria com a Greiner Bio-one apresenta toda linha de material com a mais alta tecnologia e pensado na Biossegurança de seus colaboradores e pacientes atendendo as normas da NR 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde, com diferencias como:

Tubos de Coleta com Trava de Segurança:

Os tubos Vacuette apresentam segurança aos colaboradores, pois evitam os efeitos Detonador e Aerossol.

Detonador: o sangue após a coleta, ao ser depositado dentro do tubo de sangue a vácuo, continua com suas células sanguíneas vivas em plena atividade (metabolismo). Desta forma as células trocam gases aumentando a pressão interna no tubo possibilitando o desprendimento da tampa e expondo a amostra.

Aerossol: são pequenas partículas de sangue que ficam suspensas no ar dentro do tubo de sangue. No momento da abertura do tubo para realizar os exames essas partículas são expelidas para o meio externo e os colaboradores na qual promovem a abertura podem respirar essas amostras expelidas para o micro ambiente promovendo risco aso colaboradores.

Tubos de coleta

Ambos os efeitos acima promovem riscos aos colaboradores, perda de amostra e consequentemente interferência no desempenho da fase pré-analítica. Ambos os efeitos são impedidos quando os tubos de coleta são de rosca propiciando melhor qualidade da amostra e menor exposição da mesma ao ambiente, evitando riscos biológicos para colaboradores em todas as etapas do processo.

Além dos tubos de coleta contamos com toda linha de produtos com a mais alta tecnologia para ajudar neste processo laboratorial, incluindo: Adaptadores de Segurança nos modelos
QuickShield, Holdex, Escalpes com Trava, Agulhas, Agulhas Visio Plus, Anéis de Identificação, tubos para coletas infantil ou de difícil acesso (MiniCollect).

Avanços em Punção Venosa – Escaneamento de Veias

Os profissionais que coletam sangue sabem que o domínio de uma boa técnica de punção venosa é importante, principalmente em determinadas áreas de atuação, tais como Pronto Socorro, Pediatria e UTI. Porém, sabe-se que nem todos os pacientes são/estão “bons de veia”.

AV 400

Apesar da alta qualificação dos profissionais em acessos difíceis, muitos ainda enfrentam esse desafio com esse tipo de punção venosa.

Para auxiliar nessas dificuldades podemos lançar mão da tecnologia dos escaneamento das veias através de equipamentos que utiliza tecnologia de raios infravermelhos, os quais são absorvidos pelo sangue subcutâneo, permitindo assim que se forme um “mapa” das veias, permitindo a localização de válvulas e bifurcações em tempo real durante o procedimento auxiliando na punção venosa, além disso, é possível extravasamento de sangue no tecido cutâneo, evitando assim possível complicações como edemas.

Referencias Bibliográficas:
– https://www.gbo.com/pt_BR.html
– Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica Medicina Laboratorial para Coleta de Sangue Venoso.
– https://controllab.com/pdf/livro_sbpc_interferentes_2018.pdf
-http://www.sbpc.org.br/noticias-e-comunicacao/erros-na-fase-pre-analitica-alteram-resultadoshttps://www.fleury.com.br/medico/artigos-cientificos/exames-laboratoriais-e-a-importancia-dos-cuidados-pre-analiticos